sexta-feira, 20 de julho de 2012

Vida de Herói - Segunda Edição


Nossa depois da vários meses parado, eu finalmente atualizei isso aqui, "2ª Edição de Vida de Herói" Vou me esforçar mais pra não ficar com esses hiatos enormes entre os capítulos... Enfim, espero que gostem =P


Vida de Herói

Capítulo 2: A primeira noite a gente nunca esquece.


 Os três ficaram encarando o improvisado uniforme estendido sobre a cama de Melissa por um tempo, até que a mesma fala:

-E aí? Ta esperando o que? Põe pra gente ver como ficou.
-T-tá. – responde Marcos um pouco nervoso.

  Marcos recolhe tudo e se dirige para o closet de Melissa, as 2 amigas esperavam ansiosas e muito curiosas. Depois de aproximadamente 1 minuto ele chama por Melissa:

-Mel! chega aê! Me ajuda com essa máscara aqui.
-Nossa cara, como ele é lerdo. – reclama Melissa para si.

Depois de ajudá-lo com a estranha máscara, ele manda a amiga sair.

-Nossa ele me mandou sair só pra se mostrar, mal ganhou poderes e já os subiram à cabeça. – reclama Melissa ao sair do closet.
-Bem meninas aqui vou eu!.
-Eu já vi como você ficou, bobão! – provoca Melissa.
-Quieta!

 Marcos abre a porta do closet e sai, faz algumas poses na seguinte ordem: fisiculturista, posição da Garça, rapper, e por último esticando o braço com o punho fechado.

-E aí?
-Precisava mesmo fazer essas poses? – pergunta Amaya com um olhar de estranheza.
-É estilo cara, mas enfim, ficou bom ou não?
-É ficou, ta parecendo uma tartaruga ninja com essa máscara, mas de resto... – diz Amaya enquanto examinava melhor.
-Beleza! Bem, já vesti a roupa o que se supõe que eu faça agora?
-Você quer sair, agora pra fazer uma ronda? – pergunta Melissa
-Ainda são 16:25, acho que a polícia consegue cuidar da cidade até escurecer.
-Fala verdade, você ta se sentindo ridículo com essa roupa não está? Não que você esteja muito, mas você realmente está sentindo assim não? – provoca Amaya sutilmente.
-Nããããão que isso, imagina. Eu só acho que não seria uma boa sair assim a luz do dia, as pessoas podem acabar se assustando... ou rindo mesmo de mim. – fala Marcos mudando de despreocupado para desanimado.
-Ta, ta, tudo bem. A gente pode ficar aqui e aproveitar o tempo pra discutir algo que nós havíamos nos esquecido.- desconversa Melissa, prevendo um das costumeiras discussões entre seus amigos.
-Que seria? – pergunta Amaya.
-Como raios o simples, azarado, fraco e pacato Marcos aqui conseguiu todo esse poder.
-É verdade... Peraí!. – fala Marcos ao perceber sua descrição.
-Como os super heróis de quadrinhos geralmente ganham poderes? - Pergunta Amaya, leiga em relação ao assunto
-Aí é que está! Não existe um “geralmente”, isso varia muito de herói pra herói. O indivíduo pode ser um descendente de uma raça alienígena, ele também pode ganhar seus poderes de uma raça alienígena, pode acontecer os famosos acidentes radioativos, como os com insetos, experiências em laboratórios, esse tipo de coisa.  .- explica Melissa.
- Hum... E aí fortinho? Andou fazendo contatos imediatos de quarto grau ou uma borboleta geneticamente alterada largou aquele pozinho em você? – pergunta Amaya.
-Sou só eu que estou me sentindo estranho com o fato de vocês estarem me comparando com super heróis de quadrinhos? – pergunta Marcos, ignorando as novas ironias de Amaya.

 Por um instante os três ficam em silencio refletindo sobre aquela verdadeira loucura.

-Ele tem razão, acho que estamos ficando loucos. – Diz Amaya enquanto leva suas mãos até a testa.
-Não, gente calma aí. Deve haver alguma explicação plausível para isso. – fala Melissa em um tom impaciente.

 Ambas as garotas levam uma mão ao queixo e começam a pensar sobre o caso. Enquanto que Marcos meio confuso volta a falar:

-Ei, meninas eu estive pensando...
-Você o que? – diz Amaya em um súbito espanto.

Marcos olha de lado pra ela.

-Só te zoando cara, relaxa, você dizia... – desconversa Amaya.
-Retomando o raciocínio... Você citou acidentes radioativos certo Mel?
-Correto.
-Então, eu não encontrei aliens, não sou o único sobrevivente de um planeta distante que explodiu, então eu só posso deduzir que foi algum tipo de acidente. E se bem me lembro, a exatos 3 dias atrás eu sofri aquele acidentezinho na fábrica, loooogo concluo que adquiri meus super poderes do refrigerante. – explica Marcos com um ar de intelectual.
-Uaaaaaau... Legal gênio e como você explica o fato de um refrigerante que é consumido pelo país inteiro dar poderes só pra você? – pergunta Amaya.
-1º: Acredito na teoria de que algum engenheiro químico tenha criado uma fórmula especial para o refrigerante, mas em sua composição haveria alguns elementos tóxicos que ao se misturar com o refrigerante resultaria em uma reação química transformando o refrigerante numa fonte de poderes inimagináveis. Devido às toxinas presentes na fórmula ela foi recusada por seu superior, então o frustrado engenheiro decidiu ele mesmo misturar sua fórmula num dos tonéis do refrigerante, tonel este em que eu caí e que seria a fonte de meus super poderes! Mas é claro que isso não passa de uma teoria. 2º: Se por algum acaso minha teoria estiver certa, e tendo em vista que a empresa não teve a decência de jogar fora o tonel em que eu caí e tivesse vendido aquele lote, talvez eu não seja o único afetado. – explica Marcos mais uma vez mantendo seu ar de intelectual.
-Cara de onde você tira tanta criatividade? – pergunta Melissa com um sorriso de surpresa.
-Isso é de tanto ler histórias da Marvel cara. – responde Marcos
-De qualquer forma, essa história do refrigerante é muito surreal e com falhas! Por exemplo, a fórmula que o engenheiro cria ter toxinas? Qual é? E que tipo de indústria renomada seria capaz de vender um lote de refrigerante onde uma pessoa tenha caído?
-Ora, eu por via das dúvidas nem to tomando Guara-Cola você sabe bem o porquê. – responde Amaya apontando discretamente para Marcos.
-Como eu disse Mel, é apenas uma teoria. – repete Marcos em um tom sério forçado.
 -Bom, de qualquer forma eu vou fazer umas pesquisas depois eu digo pra vocês o que eu consegui. – diz Melissa enquanto sentava na cadeira de seu computador, iniciando as pesquisas.
-OK! Bem meninas, eu já vou indo. Essa noite eu vou dar uma volta pelo centro da cidade e ver no que vai dar tudo isso. – fala Marcos após tirar a máscara.
-Eu também vou indo Mel, preciso ir pra casa, tomar um banho quente, relaxar e parar de pensar no fato de que o Marcos possa ser capaz de limpar a cidade do crime.
-Ah, vou com vocês até o portão. – diz Melissa ao levantar quase imediatamente após sentar em frente ao computador.

Mais tarde naquela noite, mais precisamente às 10:30 da noite... Marcos e Melissa estão conversando pela Internet como sempre:

-E aí cara? Você vai sair mesmo ou vai ficar enrolando? Seus Pais já foram dormir?
- Estão indo agora, eu vou vestir a roupa e sair aqui pela janela, mas eu não vou te enganar não, estou um pouco nervoso.
-Relaaaaxa cara, esqueceu que você não morre?
-É mas ainda não testamos se eu realmente agüento levar um tiro!! Sabe como ta a violencia hoje em dia né?
-Marcos, Marcos, Marcos... Acompanhe meu raciocínio: Hoje mais cedo um carrinho de mão cheio de blocos de concreto, cai azaradamente em cima de você, e neste exato momento você está aí confortavelmente no seu quarto conversando comigo como se nada daquilo estivesse acontecido. Você ta dolorido por causa disso?
-Bem não mas...
-Psst! Não me interrompa, e logo depois quando você chegou aqui em casa pra contar isso pra Amaya e a mim, nossa amiguinha psicótica não pegou simplesmente a Katana mais afiada do dojo do meu pai e fez um corte a sangue frio no seu peito pra testar a sua resistência?
-Sim... e o que isso...
-Quieto. Apenas me responda mais essa pergunta, por acaso você está com a marca do corte que ela fez em você?
-Não, mas...
-Então cala a sua boca e mova sua bunda para fora de casa e ajude algum fraco ou oprimido.
-Ta bom! – fala Marcos com um tom de voz elevado e tenso.
-Vou sair aqui então, me deseje sorte – fala novamente o garoto agora com um tom suave e calmo.

Marcos desliga o computador e veste seu uniforme improvisado. Depois de pronto ele abre a porta do quarto e caminha a passos silenciosos até o quarto dos pais para verificar se eles de fato já estavam dormindo, após ter certeza disso ele volta para o quarto, abre a janela e coloca um pé pra fora...

-Vou sair aqui de fininho pela janela e...

Nesse momento Marcos se desequilibra e cai do segundo andar, fazendo um barulho considerável ao cair sobre um saco de lixo cheio de garrafas pet e chamando a atenção dos cachorros dos vizinhos.

-sair de casa sorrateiramente. Au. – completa sua fala silenciosamente ao sair de cima do saco de lixo. Ele olha pra janela do quarto dos seus pais, para ver se eles haviam acordado. Mas os pais de Marcos (e o próprio Marcos) tinham sono pesado. Certa vez houve uma confusão de madrugada na rua, onde houve até tiroteio. O causador do tumulto era um assaltante em fuga, ele chegou até a pular o muro da casa deles e disparar contra a polícia, ao ficar sem balas ele tentou arrombar a porta da casa mas foi apreendido antes que conseguisse, a família só foi saber o que tinha ocorrido no dia seguinte. Voltando a história...

Marcos começou a andar pela sua vizinhança, alguns trechos das ruas eram iluminados por postes, enquanto outros trechos recebiam uma quantidade desprezível de claridade provida pelas luzes das casas. Ele andou por algumas ruas, mas estavam todas desertas salvo, uns dois ou três carros que passaram por ele cujos motoristas gritavam coisas como “O carnaval já passou, otário!” ou cantavam a famosa música tema do Batman do seriado dos anos 60.

Após andar por uns quarteirões e com a baixa auto estima causada pelos motoristas, ele avista uma cena peculiar: A alguns metros dali ele avistava um menino que aparentava ter uns 8 ou 9 anos, olhando fixamente pra uma árvore. Marcos caminhou até ele, que estava de costas, e falou:

-Ei menino, o que você está fazendo fora de casa à uma hora dessas? – disse para o garoto, enquanto apoiava as mãos  em seus joelhos numa tentativa de parecer amigável.

O garoto olha de cima a baixo o estranho cidadão em sua frente trajando roupas pretas e subitamente  começa a gritar:
-Socorro, Socorro, um estuprador!! Um estupff. – Marcos interrompe os gritos do menino, tapando sua boca e olhando para os lados para ver se algum vizinho tinha se manifestado.
-Eeeeeei cala essa boca garoto. Ta maluco? Eu não vou te... O-olha eu sou um super herói ta legal? Eu vim aqui pra te ajudar! – fala Marcos para o menino com a boca tapada.
O menino tira a mão de Marcos de sua boca e fala:
-Que isso cara? Você ta doidão? Super herói? Olha eu só tenho 8 anos mas sei que super heróis só existem nos desenhos.
-E em quadrinhos. – completa Marcos – Bom, agora existe um na vida real e está bem na sua frente, mas desembucha logo aí garoto em que eu posso te ajudar?
-Olha se você é mesmo um super herói que tipo de poderes você tem? – questiona o garoto, antes de pedir qualquer ajuda.
-Hum... Até agora super força e indestrutibilidade à blocos de concreto e katanas, diga-se de passagem.
-Prove. – pede o menino.

Marcos olha em volta em não consegue pensar em nada o para provar seus poderes ao menino.

-Olha no momento eu não sei como fazer isso pra você, mas não se preocupe com isso, me diga o que você precisa e quem sabe eu possa usar meus poderes com isso.
-Ah, quer saber? Vai você mesmo... Olha, já que você é o único por aqui, eu só preciso que você suba nessa árvore e pegue o meu gato.
-Ahá o clássico resgate ao gato em cima de uma árvore. Moleza...

Marcos caminha de um lado pro outro, olha pra cima avistando o gato, até que fala pro garoto se afastar, e este o obedece. Marcos então segura a árvore, uma mangueira, se concentra  e começa a balançá-la. O garoto cai pra trás olhando aquela cena bizarra de um cara vestido de super herói conseguindo fazer uma mangueira balançar e ele percebe o chão trepidar devido as raízes se desprendendo do solo, o gato por sua vez, não consegue se manter por muito tempo e cai em cima de Marcos, tentando cravar suas unhas em seu ombro, mas não conseguiu devido a resistência da pele dele. Ao cair no chão o gato corre pra dentro de casa. Marcos esfrega o seu ombro por causa do arranhão, mas não há nenhuma marca visível, ele percebe o garoto assustado olhando pra ele, e logo se recompõe.

-Wow! Que incríve!! – exclama o menino
-É... incrível mesmo... – fala Marcos um pouco aturdido com o que havia acabado de fazer
-Eu não disse que eu era um super herói? – fala Marcos com um sorriso confiante para impressionar o garoto.
-Uau! Ninguém vai acreditar em mim, mas mesmo assim, me diz qual é o seu nome? – pergunta o garoto maravilhado com o que tinha acabado de ver.
-Ah é Ma... quero dizer... Você pode me chamar de: Justiceiro Mascarado!
-Cara, que maneiro! Obrigado Justiceiro Mascarado!! – responde o menino com enorme sorriso.

  O Justiceiro Mascarado se despede do garoto e continua seguindo em direção ao Centro da Cidade. Foram 15 minutos de uma caminhada solitária, já que ele não encontrou nenhuma viva alma pelo caminho. Chegando lá, ele começa a cruzar com algumas pessoas e os aborda perguntando se precisavam de alguma ajuda, na maioria das vezes as pessoas riam e diziam que não, numa dessas abordagens uma senhora achou que seria assaltada e tentou bater nele com sua bolsa. Chegando próximo do cinema da cidade (Sim a cidade conservou um cinema antigo no centro da cidade, ele foi fundado na década de 50. Ao contrário das salas de cinema do shopping da cidade, hoje esse cinema passa filmes consagrados de todos os tempos, desde “Era uma vez no Oeste” e “E o Vento Levou” passando por “Jurassic Park” e “Independence Day” e por fim chegando a filmes mais recentes como “O Senhor dos Anéis” e “Matrix”) ele avista no beco um rapaz sendo assaltado.

-Wow, finalmente uma situação séria pra eu resolver...

O Justiceiro Mascarado vai se esgueirando pelo muro e observa mais uma vez, um rapaz recuando enquanto o assaltante vai se aproximando até deixa-lo totalmente sem saída.

-É isso aí Marcos! Você precisa abordar aquele meliante com convicção e eficiência, e também com muito estilo!

  Após a breve preparação mental do herói, ele desencosta da parede e entra no beco, lançando sua frase de efeito:

-MÃOS AO ALTO! ESTA CIDADE É PEQUENA DEMAIS PARA NÓS DOIS!!!

  O assaltante leva um susto e logo se vira apontando uma arma, para ver quem o desafiava.

-Nossa, até que isso foi legal! Foi meio Clint Eastwood, mas acho que foi bom pra começar. – fala o Justiceiro Mascarado em pensamento com uma expressão de satisfação consigo mesmo.
-Cê ta doidão moleque?!

  A investida do Justiceiro Mascarado foi uma distração suficiente para que o rapaz que estava prestes a ser roubado conseguisse imobilizar o assantante.

-Rápido! Desarma ele! – Grita o rapaz para o mascarado.
-O-Ok!

 O Justiceiro Mascarado corre até os dois e se prepara para dar um soco no assaltante imobilizado, mas para sua infelicidade ele não calcula muito bem sua força e com o soco lança os dois contra a parede.

-Cacete! Mas o que foi isso?! –  Exclama o assaltante, sem fôlego ao tropeçar em uma tentativa de fuga...
-Droga! Ele não deu K.O! – Pragueja o Justiceiro Mascarado.
-Acho que com mais um golpe ele apaga.. já sei
-Não! Não! Fica longe de mim!

 O assaltante vai recuando, mas o Justiceiro Mascarado o agarra pelo colarinho e da um cascudo nele que o faz finalmente apagar. Após largá-lo no chão o mascarado vai verificar o estado da vítima do assalto que está desacordado já que o impacto contra a parede foi direto em relação ao primeiro.

-Droga! E agora? – Pergunta a si mesmo, estando diante de dois indivíduos desmaiados.
- Acho que vou ter que começar a trazer um rolo de fita adesiva pra prender a bandidagem até a polícia chegar...

 Ao revistar o rapaz, pega o celular dele e procura na agenda um número da casa para pedir que alguém busque o inconsciente:

-Alô?
-Oi filho, o que foi?- responde o pai do rapaz.
-Err... Olha só na verdade não é ele quem está falando não...
-Como assim?
-Ele foi assaltado, mas não se preocupe! Está tudo bem! Ele só está desmaiado
- O QUÊ?! O QUE ACONTECEU??
-Vish... Como eu vou explicar? Olha pode parecer uma doideira mas eu sou um super-herói, eu vi o seu filho sendo assaltado e vim para ajuda-lo, só que as coisas não saíram como o planejado. Eu to ligando pra você, para que possa vir buscá-lo aqui. Eu o deixarei em frente ao velho cinema.
-Ei quem é você afinal?

  O Justiceiro mascarado desliga o celular, e agora olha para o assaltante, pensando no que fará com ele antes de deixar o rapaz na frente do cinema, após poucos segundos ele dá um tapa na própria testa pega o celular novamente.

-10º Delegacia de Polícia, qual é a ocorrência?
-Alô... err, eu apaguei um assaltante aqui no beco ao lado do velho cinema que estava tentando roubar um cara.
-Com quem eu estou falando por favor?
-Desculpe senhor mas eu não posso dizer, vou deixar o malandro aqui num latão de lixo e vou deixar o cara em frente ao cinema, ele está desmaiado, eu já comuniquei os pais dele.
-Como assim não pode diz--

 Ele desliga o celular mais uma vez e o coloca no bolso do rapaz. Pega o assaltante e o coloca no latão de forma que ele não tenha como sair facilmente caso recupere os sentidos antes da polícia chegar e depois carrega nos ombros o rapaz, o deixa onde havia combinado e abandona o local para evitar dar algumas explicações ao pai e a polícia quando chegarem.

Após o ocorrido, o aspirante a herói vaga por mais algumas ruas desertas do centro, até que percebe uma movimentação na rua transversal a que ele estava e se dirige pra lá. Se aproximando com cautela ele vê a alguns metros dali, uma van estacionada em frente a uma joalheria e um grupo de quatro homens tentando destrancar a porta de aço, até que conseguem e entram na loja. Ao ver que os ladrões entraram em ação o Justiceiro Mascarado não perde tempo e corre até la. Ao chegar mais perto ele para pra elaborar um plano de ataque.

-Uf! Vamos la, você conseguiu prender um assaltante, isso foi legal pra primeira noite de ronda, agora eles estão em maior número, vou apostar no elemento  surpresa novamente...

Enquanto saqueiam a joalheria, os ladrões são surpreendidos por uma figura de preto que invade a loja quebrando a janela com uma voadora, e no instante seguinte o alarme é disparado, eles não acreditam na cena que presenciam. Durante a investida o garoto cai mas logo se recupera e diz:

-Eu sou o terror que voa na noite... Eu sou o cisco caiu no seu olho... Eu sou Darkwing Duck!!!!.... Aaaaah cara, não foi nada original... Valeu subconciente...

Ao terminar de fazer a análise pessoal de sua abordagem, ele se depara com os quatro ladrões apontando suas armas bem na direção da cabeça dele.

-Me dê um bom motivo pra eu não estourar seus miolos agora, sua bichinha miserável?
-Olha moço eu... CACETE! AQUILO ALI É UMA BOMBA?! – Exclama o mascarado ao apontar para trás deles.
-O Que?! – Se assustam os quatro ao olhar para trás
-Haha Otários – caçoa o garoto aproveitando a chance para correr até um balcão

 Mas não houve tempo o suficiente, os ladrões se voltaram para ele já atirando.

AAAAAAH!! – Grita o garoto ao se jogar para o balcão. Ele havia sido atingido. Ele coloca a mão onde e a bala o acertou mas não sente nenhuma ferida e logo próximo dele estava uma bala amassada caída no chão.

-Ta de zoa! – Fala o garoto maravilhado enquanto segura a bala admirado.
-Aí seu verme agora você ta perdido! – Fala o líder do grupo já estando logo atrás do balcão e preparando-se para atirar...
-Hoje não.

 O Justiceiro Mascarado aproveita o momento e empurra o balcão no ladrões que caem todos, quando ele se levanta e vai em direção aos bandidos que tentavam se levantar, e pega o líder deles pela camisa, eles ouvem uma voz vindo da porta:

-Todo mundo parado e mão na cabeça!! – Fala um policial militar apontando pra todos enquanto outros policias também entravam na joalheria...

-Ufa! Até que enfim vocês chegaram e... – O Justiceiro Mascarado se cala ao ver que o policial o algema.
-Ta em cana seu verme!
-Ei, ei, ei, ei! Ta havendo algum engano aqui, eu to do lado da lei!
-Cala a boca e entra na viatura! – Diz o PM ao empurrá-lo para dentro do carro, e logo em seguida jogando o resto da quadrilha ao lado dele...

 Ao chegar na delegacia, havia uma certa confusão, alguns fotógrafos já estavam a espera dos ladrões que iriam para a página policial logo pela manhã. O Justiceiro estava pronto para ser fichado quando um dos policias tentar tirar sua máscara e ele logo reage:

-Ow ow ow! Não vai tirar a minha máscara não...
-Ta resistindo a prisão é? – Fala um policial ao tentar imobiliza-lo mas o esforço é em vão. O garoto se sacode e chega a derrubar o policial. Outros vão pra cima dele, mas todos tem o mesmo destino do que caíra.
-Peraí! – Grita o mascarado. – Eu vou pra cela pacificamente, só quero ter o direito de continuar com a minha máscara.
Os policias se entreolham até que um deles sem paciência toma a palavra – Ta ta ta ta ta... deixa esse pela saco com a máscara dele, depois a gente tira a força...

 Após conseguir convencer os policias, ele tira as fotos de máscara mesmo pra sua ficha provisória e vai pra dentro da cela. Além dele estavam os quatro ladrões que ele ajudara a prender e mais uns 3 que já estavam la antes.

-Aí seu fedelho, você ta ferrado na minha mão! Pode não ser agora, mas quando tu menos esperar, você ta fu#$%. – Ameaça o líder da quadrilha.
-Cara, você fala demais! Se os policias não tivessem chegado na hora eu teria chutado o rabo de vocês e os seus amiguinhos tranqüilo...
-Cê ta maluco? Tu não tem idéia do que eu sou capaz muleque!
-Ei vocês aí meninas calem a boca! – Reclama um PM com os detidos.
-Fica esperto meu irmão...

O tempo passa e por fim o vigia decide sair pra fumar um cigarro deixando os presos sozinhos. Aproveitando da situação o líder da quadrilha com sede de vingança parte pra cima do Justiceiro Mascarado, junto com seus comparsas.

-Cê ta lascado agora!
-Chupa essa então – responde o Justiceiro Mascarado desferindo um chute sem medir sua força. – Cansei de pegar leve com vocês, bandidage! – O líder voa em direção a parede com suas costelas quebradas. Os outros ficam na defensiva esperando a reação dele
-Ah é? Então vocês querem que eu vá até vocês? Então ta bom.

  O Herói agora sem paciência parte pra cima dos bandidos, derruba todos e aproveita e pega um pelas pernas e começa a gira-lo para logo em seguida o arremessar sobre os outros que por conseqüência também colidem com as paredes, Apesar de receber alguns golpes durante a luta, a adrenalina o fez suportar a dor e ele não se deixou abater, os que ainda não tinha sido nocauteados, logo foram após receberem socos bem aplicados na boca do estomago. Após isso ele não perde tempo, aproveita a oportunidade e quebra as grades da janela escapando por ali. Para sair da delegacia não teve muita dificuldade, o vigia que havia ido fumar já estava voltando para o seu posto . O garoto não parou, correu o mais rápido que podia para que a polícia não o encontrasse e chega em sua casa, já eram 3:18 da manhã. O garoto observa sua vizinhança deserta e com muito cuidado entra pela porta da frente (embora isso não seja necessário já que como foi explicado a família dele tem sono muito pesado, seria mais fácil ele se manter em silêncio para não chamar a atenção dos vizinhos). Após entrar ele tira o uniforme dorme só de cueca mesmo.

Mais tarde naquela manhã, Marcos chega ao colégio como um zumbi de tão pouco que ele dormiu aquela noite, indo ao local de costume onde ele se reúne com suas amigas, ele avista Melissa sentada em um banco com as pernas cruzadas, com olhos fechados com uma expressão um pouco séria e com um jornal dobrado em seu colo.

-Bom dia Mel, cara você não vai acreditar no que aconteceu na noite passada...
-É cara, eu realmente não acreditei!! – diz Melissa ao mostrar a capa do Jornal onde lia-se a seguinte manchete:

MISTERIOSO LADRÃO MASCARADO, QUEBRA OUTROS PRESOS E FOGE DA CADEIA.

E logo abaixo as foto da ficha policial do Justiceiro Mascarado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário