sábado, 18 de fevereiro de 2012

Vida de Herói - Primeira Edição

Finalmente, primeira edição da minha história de super heroísmo haha. Depois de um pc fumado, por pouco não termino antes da minha viagem. Uma coisa que gostaria de esclarecer é que eu acho que ficarei apenas com esta história e deixarei Sinistro de lado... É que aqui eu posso deixar minha imaginação fluir sem limites... Enquanto que em Sinistro eu acho que ficaria meio repetitivo, ou seja, A cada capítulo Alex ceifaria a alma de alguém e conheceria mais de seu passado, mas de todo o jeito as pessoas iriam pro saco =P

Enfim, o capítulo ta meio grande, eu acho, mas era pra ficar bem explicadinho...



Espero que gostem...

Vida de Herói

Capítulo 1: Parabéns Marcos! Você foi sorteado!

O ambiente é um quarto escuro, sendo iluminado apenas com a luz da tela do computador. Marcos, um garoto que aparenta ter 16 anos, cabelos negros, olhos castanhos, magro, vestindo uma camisa com a famosa estampa Game Over com a foto de bonequinhos recém casados, está sentado encarando a tela do computador jogando MMORPG, com um daqueles fones headset e conversando com outra pessoa.
-Ta me encontra aqui na Praça de Eusétis, vamos fazer a próxima quest, aproveita e me passa aquele martelo de Thor +18.
-Ta vou usar um portal. - Diz uma voz feminina do outro lado.
-Ta carregando o mapa da cidade... Bom e aí, vai mesmo amanhã na excursão pra fábrica da Guara-Cola?- continua a menina.
-É... irei. - responde o garoto como se estivesse distante.
-A Amaya também vai? - pergunta o garoto.
-Vai sim! A essa hora ela ja deve estar dormindo. E eu também ja vou, amanhã acordamos cedo.
-Ih é né? Que horas são agora??
-2:45.
-Da pra mais uma quest.

Neste mesmo horário, no laboratório da indústria Guara-Cola, um dos engenheiros químicos tenta convencer seu superior de que sua nova fórmula é o trunfo que vai fazer a companhia superar todas as concorrentes.

-Então Sr. Bastos, minha fórmula não é muito complexa e os gastos não serão tão altos, utilizamos a fórmula original do refrigerante e combinamos com o meu composto. De acordo com a minha teoria ele ira dobrar o tempo que o refrigerante mantém o gás e ainda teríamos um sabor mais adocicado, com uma leve ardência...
-Hum... Parece promissor.
-Então é um sinal positivo?
-Sim, sim mas seu composto vai ter que passar pelo programa de teste, pela ficha técnica dele parece que você utilizou algumas substâncias que tem um pequeno grau de toxina.
-Ma-mas é o que?
-Leve isso ao setor de testes. Eu imagino a sua ansiedade rapaz, mas depois do período de testes, você fará fortuna.
-Ok. - diz o jovem engenheiro químico com um olhar baixo tentando assimilar aquelas palavras.

 O Sr Bastos sai do laboratório e deixa o rapaz sozinho. Ele puxa uma cadeira senta por poucos instantes e se levanta novamente dizendo:
-Quer saber vou eu mesmo colocar o composto na fórmula do refrigerante.

 O jovem engenheiro sai do laborátório e vai até um dos tonéis derramar sua fórmula especial, mas é surpreendido por dois outros funcionários que estavam dando um ultimo visto para fazer a troca de turno.
Ao verem o engenheiro derramando o composto um deles se atira pra cima do ambicioso rapaz que derruba o vidro com metade da formula no chão, que não demora muito a evaporar devido às condições de temperatura da fábrica.

Pouco tempo depois o engenheiro está na sala do Sr Bastos, seu supervisor, que prepara a dispensa do rapaz por ter desrespeitado as normas de segurança.

-Ora rapaz, você está maluco? Aquela sua fórmula poderia ser tóxica e nos render muitos processos, ainda bem que estes funcionários o impediram.
-Mas hein? - O rapaz na hora se toca de que os funcionários não haviam percebido que ele ja havia derramado um pouco da sua fórmula em um dos tonéis e não fala mais nada.
-Pode ir arrumando suas coisas você não trabalha mais aqui, e vocês dois certifiquem-se de que o rapaz não vai tentar mais nenhuma gracinha.- diz Sr. Bastos olhando para os dois funcionários que flagraram o rapaz.

 Após a ordem o engenheiro sai da sala de seu superior com um sorriso maldoso no canto da boca. O tonel onde foi derramado o composto é separado dos outros, fazendo com que apenas o seu lote de refigerante tenha essa nova fórmula. Curiosamente a bebida muda levemente sua cor castanho escuro para um verde muito escuro, o que aconteceu na realidade foi um erro de cálculo do jovem engenheiro, pois ao entrar em contato com a fórmula original, várias reações se desencadearam o que fez a toxina mudar suas propriedades formando um polímero novo com ação no código genético de seres humanos, mais tarde essa nova descoberta viria a tona do jeito mais incomum.
Na manhã seguinte Marcos estava chegando em seu colégio e o ônibus que levariam os alunos até a indústria já estava estacionado em frente ao colégio e uma fila com os alunos esperando pra entrar. Ele vê suas duas melhores amigas quando tropeça e cai.

-Olha por onde anda lerdão. Passa o dinheiro que você tem aí. – Diz um garoto forte acompanhado de seu comparsa
-Qual é cara? Essa história de dinheiro do lanche é só nos Estates.
-Quer que a gente quebre a sua cara agora?
-Cacete! É uma merda viver na geração do bullying mesmo.

 Marcos ainda no chão vai recuando muito rápido até que bate com as costas em alguma coisa. Ele olha pra cima e vê Melissa, a dona da voz feminina da noite passada .

-Ah Marcos o que seria de você sem mim pra salvar a sua pele. Vão passear otários.
-Isso mesmo Marcos se esconde de baixo da saia dela viadinho.- diz um dos garotos se distanciando dos três.
-Querem falar o que babacas vocês que apanham pra ela e eu sou o viado? E pra sua informação a visão daqui de baixo não ruim não. Hahahahaha aaai!
Melissa da um cascudo e logo em seguida põe suas mãos sobre a saia tentando impedir que Marcos continuasse tendo aquela visão.
-Tenha um pingo de dignidade Marcos. – Diz Amaya, ao lado de Melissa
-Ah nem vem, eu já bati de frente com eles algumas vezes. ok! Eu sempre apanho! Mas ficar persistindo no erro é burrice. – responde Marcos enquanto esfrega a cabeça.
-Ta, já passou, vamos deixar essa discussão de lado. – encerra Melissa.

Melissa e Amaya são as únicas amigas de Marcos. Marcos é o tipo de cara que se encaixaria no grupo dos nerds por ser um viciado em vídeo games e cinema e ser péssimo nos esportes (apenas por isso), mas a “nerdisse” dos nerds de sua escola era demais pra ele já dizia o próprio. Melissa também é meio nerd, e assim os dois se deram muito bem. Ela é loira, um pouco mais baixa que Marcos, tem olhos azuis, usa óculos, maria-chiquinha, e veste sempre mini-saia, na sua mão direita usa uma luva de motociclista rosa personalizada por ela mesma, um presente de seu pai, é uma garota linda. Ela e Marcos chegaram a ficar mas foi coisa de uma semana, caso estejam curiosos, mas ambos continuaram com a amizade intacta. O motivo pelo qual os dois outros garotos não quiseram arrumar briga quando Marcos se encontrou com as meninas é devido ao fato de Melissa ser graduada em Kung Fu, seu pai é um mestre e a ensinou desde pequena para ela se defender de qualquer um que tentasse abusar ou tirar vantagem dela. Amaya é japonesa, e tinha voltado do Japão no ano passado, ela ja havia morado no Brasil na infância e por isso não tinha problemas em falar português. Tem cabelos negros, curtos, com uma mecha verde esmeralda, vive sempre com uma expressão séria, também só usa saia, o que fez com que ela e Melissa encontrassem algo em comum já que adoram sair pra comprar saias, por algum estranho motivo ela nunca sente calor e vive com um casaco que tampa sua boca (fato que até é paradoxal já que ela só usa mini-saia), foi isso que afastou outras amizades com meninas e causou medo em rapazes achando que ela seria alguma maluca esquartejadora apesar de também ser linda.

Após o breve episódio com os dois valentões o trio entra no ônibus e a viagem segue tranqüila. A fábrica dos refrigerantes Guara-Cola não era muito longe, a viagem durava aproximadamente 40 minutos, nesse meio tempo os três amigos conversam

-Cara por que temos mesmo que ir nessa fábrica?-Pergunta Marcos.
-Bem, a Suzana vai passar um trabalho pra gente, é só a gente prestar atenção e descrever como é o processo de produção do refrigerante.
-Chaaaaato! Só espero que eles dêem umas latinhas de refri la.
-Olha eu não sou de concordar com o Marcos, mas... Até que ele tem razão, só querem ganhar dinheiro em cima da gente, no final das contas todo mundo vai copiar o trabalho da Internet. Pelo menos é um menos um dia de aula.
-Amaya!
-Ah cara, to sendo sincera.
-Bem que poderia acontecer algo de diferente, alguém pagar mico, ou levar bronca, só pra sair da rotina. – Finaliza Marcos com o assunto já que acabavam de chegar à fábrica.

 Chegando a fabrica, todos os estudantes saem do ônibus, e se reúnem em frente a entrada da fábrica, e ouvem um pequeno apanhado de orientações da guia da excursão.

-Não se afastem do grupo, não se debrucem sobre os corrimões das pontes sobre os tonéis...
-Pelo visto vai ser muuuuito divertido – diz Marcos um pouco alto.

Alguns alunos riem, a guia fica sem graça e Marcos recebe sua primeira chamada. Após as orientações, a excursão se inicia e os alunos já recebem uma lata de refrigerante logo na entrada.

-É Marcos, seus desejos se realizaram, ganhamos refri de graça e um otário já levou uma bronca, que por sinal esse foi você.- provoca Amaya.
-Valeu hein Amaya.
-Então agora só ta faltando alguém pagar um mico aqui na fábrica. – revisa Melissa.

 A excursão vai se estendendo até que chega ao seu penúltimo processo de produção a ser demonstrado. Os estudantes sobem numa ponte que se encontra acima dos tonéis de armazenamento.

-E aqui nesses enormes tonéis o refrigerante é armazenado separadamente, o conteúdo deles nunca se mistura com o dos outros. Aos poucos eles vão sendo esvaziados para serem colocados nas latas ou garrafas. Agora, iremos ver como é feita a distribuição do refrigerante nas latas, garrafas e o embalamento final.

Enquanto os alunos acompanham a professora, Marcos se distrai e fica pra trás olhando para os tonéis debruçado no corrimão, porém ele não estava sozinho.

-Ah ali o otário, ta sozinho sem aquelas duas garotas esquisitas, vamos la, dessa vez a gente ferra com ele legal nessa. – Diz Rodrigo, um dos valentões que foram apresentados anteriormente, para seu amigo.

Os dois se aproximam de Marcos por trás e seguram seus braços.

-Fala aí cara! Lembra onde paramos? Bom, nós só íamos te espancar até você chorar que nem bichinha, mas já que estamos nessa fábrica, vamos sair da rotina. Você nunca imaginou em tomar banho numa banheira de refrigerante? – Ameaça Rodrigo, apontando com a cabeça para os tonéis abaixo da ponte.
-Ah não! Não, não não! – Marcos diz num tom desesperado.

Os dois amigos levantam Marcos, que não é muito pesado, já que é magro. E mesmo com  resistência ele não é capaz de se livrar dos dois e cai.

-MEEEEEEEEEEEEEERD...

 Marcos não teve tempo de terminar sua fala, quando cai em cheio no tonel de Guara-Cola que por sinal era de cor verde bem escuro. Ele acabou se afogando um pouco com refrigerante mas conseguiu subir até a superfície e começou a gritar por ajuda. A excursão terminou com Marcos enrolado numa toalha, levando outra chamada da professora, e Rodrigo e Fernando, seu comparsa, levando uma suspensão de apenas 2 dias, por empurrarem um aluno de cima de uma ponte para dentro de um tonel a uma altura de aproximadamente 4 metros.

-Cara, eu não sei se você é o cúmulo do azar ou da vidência. – ironiza Amaya.
-Não tem coisa melhor pra dizer não, Amaya?- responde Marcos.
-Tenho sim: Vou ficar um bom tempo sem beber Guara-Cola, depois de ter visto um garoto nadando no meio do refrigerante
-Ei ei ei já chega vocês dois. Vivem brigando, cacete! Fala aí cara, você se machucou com a queda? E aí?
-Não, não só bebi muito refri... E sabem que o gosto tava um pouco diferente? Sei la tava mais doce, e meio ardente. Até que eu gostei.
-Gosto diferente? Ah deve ser que o refrigerante ainda não tava pronto, deveria ter algum conservante, sei la. Não deve ser nada demais.- encerra Melissa.


  Mais tarde, precisamente as 20:23 Marcos, Melissa  estão jogando World of Monstercraft, o mesmo MMORPG da noite passada, usando fones headset como de costume.

-E aí cara o que seus pais falaram?
-Nossa eles, ficaram uma fera com o colégio. Até que não me deram muita bronca por eu ter me distraído la, mas pelo menos não me colocaram de castigo.
-Nossa que tenso, eles vão ao colégio amanhã pra reclamar?
-Sei la to nem aí. Aí pede party pro Mystic247 pra gente terminar a quest de ontem.
-Por que não pede você, que está no mesmo mapa que ele?
-Porque ele deve ser algum tarado sem vida social que só da party pra Elfas.
-Aah não, que nojento.
-É, mas ele é lv 57.
-*Suspiro* Ok.
-Vou resolver umas paradas e... uunhg... que.. que dor de barriga!!!

 “Mensagem do servidor: Hammermaster_223 desconectou.”

-Hahahahahah como assim, Marcos? Marcos? Você não ta falando sério ta?? Hahaha.

 Na verdade era muito sério. Marcos sentiu dores intestinais horríveis, sem saber ele que era  na verdade um efeito colateral devido ao refrigerante com a fórmula rejeitada do engenheiro. Marcos passou dois dias em casa, devido ao mal estar, mas no terceiro dia...

-E aí cara? Melhor?
-É to sim. Eu não entendo como o médico poderia achar que aquela dor de barriga era por causa do refrigerante da fábrica, eu nunca havia passado mal por causa disso.
-Chega de papo então e vamos pra aula, cagão. – Interrompe Amaya, com seu jeito seco habitual.
-Também senti saudades de você, Amaya. – Responde Marcos com um olhar antipático.
-Enfim, só vou ao banheiro meninas, vão indo na frente.


Marcos foi ao banheiro mais próximo entrou numa das cabines e só se ouvia Marcos assobiando o tema de Um Tira da Pesada enquanto se aliviava. Ainda assobiando ele lavava as mãos, mas o tom do seu assobio desafinou ao ver que quem o esperava na porta do banheiro eram os já conhecidos Rodrigo e Fernando.

-E aí mané? Por sua culpa acabamos levando suspensão. Minha mãe ficou enchendo meu saco o tempo todo. – Fala Rodrigo enquanto batia em uma das mãos.
-Peraí! Minha culpa? Eu não sei não, mas acho que vocês não teriam levado suspensão se os dois inteligentes, não tivessem me derrubado no refrigerante? – Responde Marcos.
-Cara, ele acabou de usar sarcasmo com a gente? – Pergunta Rodrigo a Fernando.
-Eu acho que sim.
-Huuuum ta... (pausa de cinco segundos) Ta, enfia a cabeça dele no vaso logo de uma vez.- Diz Rodrigo para Fernando ao sair do banheiro para esperar la fora e vigiar se não aparecia nenhum inspetor
-Merda!- Exclama Marcos.

 Fernando segura marcos educadamente e o arrasta para um vaso sanitário, como se já estivesse acostumado com o trabalho “formal”. Porém, os instintos de sobrevivência de Marcos, são ativados e ele como reflexo empurra Fernando com toda sua força, que por incrível que pareça o arremessa em direção a porta do banheiro a uma distancia de 10 metros que na verdade é apenas a distancia do ponto onde ele estava até a parede do corredor.

-Mas que porr...- Marcos é interrompido com o Rodrigo vindo para cima dele falando:
-Mas o que foi que deu em você cara? Era pra você estar afogado naquele vaso.

 Marcos percebendo que estava com uma força acima de sua normal. Sorri, olha pras suas mãos e estala os dedos dizendo:
-Cara, eu sempre quis fazer isso.

 Marcos da um soco no estômago de Rodrigo e o arremessa até a parede fazendo-o cair em cima de Fernando desacordado. O corredor por incrível que pareça, estava completamente vazio e Marcos aproveitou para ir logo para a sala antes que ele fosse pego, mas é claro que ele sabia que em breve seria chamado na direção.

Ele entra na sala tentando esconder o sorriso no rosto, seu professor nem se importa com o pequeno atraso dele. Ele caminha até a sua carteira de sempre, ao lado esquerdo de Melissa, e Amaya ao lado direito de Melissa.

-E aí cagão, por que ta com esse sorriso idiota na cara.- Provoca Amaya.

Marcos vira subitamente e deixa escapar em voz alta.

-Chutei a bunda do Rodrigo e do Fernando.

 O professor ao ouvir quebra o giz, e todos os alunos exclamam ao mesmo tempo.

VOCÊ O QUE?!

No instante seguinte um inspetor entra na sala chamando:
-Marcos Gonçalves!

 Todos olham espantados para Marcos enquanto ele se dirige para fora. Na sala do diretor:

-Mas será possível? Vocês 3 vivem me arrumando problemas. – O  diretor Antunes fala num tom autoritário para os três garotos na sala. E retorna a falar:
-Dessa vez você me surpreendeu Marcos. Não esperava isso de você. O que tem a me dizer.
-Simples, os dois me encurralaram no banheiro e queriam me afogar.
-Afogar?
-É, afogar.
-Como assim afogar?
-Minha nossa Sr Antunes, você nunca ouviu falar de afogar os outros no vaso sanitário?
-Pensei que isso só acontecia nos Estados Unidos.
-Eu vivo falando isso pra eles!!
-Bem... Se esse é o caso... Todos estão liberados.
-Como assim? - Perguntam todos.
-Olha, vocês dois empurraram o rapaz de cima de uma ponte na fábrica. Por Deus, estou farto de vocês aqui na minha sala, já estão quites.

 Os três saem da sala e se entreolham.

-É-é não vamos mais implicar com você cara. – Fala Rodrigo imediatamente
-Nossa ta falando sério?
-Sim, você tem razão depois dessa surra meus dias de bullying chegaram ao fim. Acho que eu só queria chamar atenção. Obrigado, por me fazer enxergar que nada disso vale a pena.
-Sério mesmo?
-Nada, só estava usando um pouco de sarcasmo, na verdade vou dar um tempo, malhar mais um pouco, ficar forte e depois volto a te infernizar. Vamo nessa Fernando. Paz!

 Rodrigo e Fernando deixam Marcos. Ele volta pra assistir o resto da aula, durante esse tempo ele percebe, que não está controlando bem a sua força, já que conseguiu quebrar seus lápis e canetas e mais os que ele pediu emprestado. Na hora do recreio Marcos conversa com suas amigas sobre isso.

-Meninas sejam sinceras. Eu to mais forte?. – diz marcos fazendo poses de fisiculturista.
-Aaaaahn não. – responde Amaya em tom de deboche.
-Mas é estranho porque eu consegui arremessa-los na parede do corredor, de dentro do banheiro.
-Ta falando sério mesmo? – desconfia Melissa.
-Sério pô vocês não viram o quanto eu estou devendo de lápis e caneta pro pessoal?
-Muito estranho, por que não fazemos um teste? Depois da aula passa na minha casa, quero ver se você consegue quebrar uma tábua, telhas, coisas do tipo.
-Gente... Será, que eu ganhei... Super poderes?

Nesse instante Amaya cospe seu suco, e cai na gargalhada, coisa difícil de acontecer e fala:
-Você só pode estar brincando, por que logo você?
-Sinto uma pontinha de inveeeejaaaa? – pergunta Marcos num to musical.
-Me recuso a responder isso.
-Cacete vocês só vivem brigando!!! – se extressa Melissa.
-Enfim, vamos fazer uns testes la em casa Marcos.

Mais tarde, depois do almoço Marcos ia para casa de Melissa que era a uns 5 quarteirões da sua casa, mas era necessário que ele passasse por um canteiro de obras. Por ironia do destino ou simplesmente por puro azar um carrinho de mão cheio de blocos de concreto despenca do terceiro andar da construção e cai em cima de Marcos, que milagrosamente, não lhe causa nenhum arranhão, porém ele sentiu uma dor enorme. Marcos consegue sair de baixo dos blocos meio desajeitado sem que ninguém percebesse, já que ali era uma rua tranqüila, e aparentemente o barulho la em cima era tão alto que os operário só perceberam o carrinho de mão caído e os blocos de concreto quebrados no final do expediente.

  Marcos chega na casa de Melissa e vai até o Dojo de seu pai onde encontra ela e Amaya sentadas mais adiante. Melissa estava usando uma roupa própria para treino enquanto que Amaya trajava seu comum casaco de gola alta tampando sua boca mas dessa vez usando jeans. Marcos chega correndo e confiante mas rapidamente é advertido por Melissa para que retire o calçado. Após o pequeno ritual de respeito, ele se dirige a elas muito empolgado.

-Meninas vocês não vão acreditar no que aconteceu!
-O que houve? – pergunta Melissa um pouco apreensiva.
-E por que você ta todo sujo? Pergunta Amaya logo em seguida.
-Exatamente, quando eu estava vindo pra cá, eu passei pelo canteiro de obras, então do nada, um carrinho de mão cheio de blocos de concreto caiu em cima de mim.
-Isso é impossível! – Exclama Amaya.
-É eu sei!
-Você não se sente nada dolorido?? Pergunta Melissa enquanto examina os braços e a cabeça de Marcos.
-Bom, doeu PACAS na hora, mas agora to de boa.
-Incrível! Primeiro você apresenta uma força acima do normal e agora você não se fere? - Melissa se impressiona.
-Parece que sim.
-Bem só tem um jeito de saber se isso é mesmo verdade. – fala Amaya, afastando Melissa enquanto se preparava para fazer um corte em Marcos com uma das espadas do dojo. Melissa não tem tempo de parar Amaya, que desfere um golpe diagonal que pega do ombro esquerdo até o quadril de Marcos.

-Aaaaaah!

 Amaya se assusta com o grito, mas se surpreende ao ver que o corte só rasgou a roupa de Marcos.

-Oh Meu Deus! Mas que merda ta acontecendo aqui? - Amaya questiona.
-Marcos você tem alguma noção do que isso significa? – pergunta Melissa colocando suas mãos no ombro de Marcos.
-Mas é claro que sei... Vou ganhar várias medalhas pro Brasil nos jogos olímpicos no levantamento de peso, arremesso de disco, e qualquer outro que precise de muita força. – responde Marcos com um sorriso e brilho nos olhos.
-Na verdade eu tinha pensado numa idéia melhor, lembra sobre você ter dito que tinha ganhado “super poderes” mais cedo no intervalo? – pergunta Melissa
-Sim é claro.
-Cara, você tem os poderes perfeitos pra se tornar... um Herói!
-Como é que é? – perguntam Marcos e Amaya ao mesmo tempo.
-Claro que sim gente, ta na cara que ele é tipo o Superman, super força, pele indestrutível. Ele pode ser fuzilado que não morre. – Explica Melissa.
-É mas eu não deixo de sentir dor! Ta maluca Melissa? Me fuzilar? – reclama Marcos.
-Mas vai me dizer que não gostou da idéia de ser herói?
-Mas é claro! Qual adolescente não gostaria?
-Bom mas lembre-se bem, com esses novos poderes, você recebe também novas responsabilidades.
-É, é, ta, ta eu também li Homem Aranha. Vamos logo decidir meu uniforme.
-Ué, mas e o seu nome de Super Herói?
-Já decidi vai ser Vingador Mascarado, é simples, prático e objetivo.
-Só que já existe um Vingador Mascarado nos quadrinhos e foi criado por Sebastião Seabra, é pouco conhecido, mas não seria legal plagiar o nome de um dos poucos Super Heróis nacionais não acha?
-Hum... Então ta, Justiceiro Mascarado, continua simples, prático e objetivo.
-Bom, só queria te lembrar do filme Justiceiro Mascarado.
-Ah eu também já vi esse filme mas, ele não é nem nacional e nem super herói
-É verdade, taí esse nome ta melhor, então mãos a obra vamos pro meu quarto, planejar esse uniforme.

Melissa no computador, pesquisa alguns trajes e máscaras, já conhecidos e vai mostrando pra Marcos apenas pra servir de modelos experimentais porém ele não gosta de nenhum deles.

-Ah Melissa, você sabe que eu sou único e gosto das coisas de forma espontânea e...

Ao olhar pra Amaya, Marcos pára, e num tom apressado, diz:
-Eu tenho que ir! Tenho o uniforme perfeito eu só vou trazer o que eu preciso e mostro pra vocês... Me esperem aqui, não devo demorar muito.

1 hora depois Marcos volta para a casa de Melissa, e deixa tudo organizado em cima da cama da menina. Os três olham pro suposto uniforme, até que Melissa pergunta:

-Uau! Até que não é de todo mal. Como você teve essa idéia?
-Simples! – Diz marcos apontando pro cabelo de Amaya.
-E outra, eu sempre gostei daquelas letrinhas do Matrix.
-É gostei do estilo – elogia Amaya.
-Realmente muito espontâneo. – Encerra Melissa.

O uniforme era bem simples, Um tipo de bandana que vinha até o nariz de cor preta com detalhes em verde com dois buracos para a visão servindo como sua máscara, uma camisa regata preta de viés verde com a palavra POW estampada no centro, um bermudão também no mesmo padrão de cores da camisa, luvas de motociclista e um all star com cadarços verdes.





E ficamos por aqui com a primeira edição... ^^ não percam o próximo capítulo, que narrará a primeira noite de ronda do Justiceiro Mascarado...